Educação e formação para a sustentabilidade ambiental na região do Vale do Aço, em Minas Gerais

Abstract

O crescente aumento de comprovações que o meio ambiente vem sofrendo impactos danosos devido aos padrões de comportamento, produção e consumo das sociedades modernas tem conducido para a necessidade de rediscutir o modelo da educação ambiental, tanto no Brasil como em diversos outros países.Específicamente no Brasil, a área de educação,por meio dos seus pesquisadores,sente – se atraída para o desenvolvimento de abordagens que visem encontrar alternativas de oferta da educação ambiental, formando alunos cidadãos cuya postura ajude a realização das aspirações de desenvolvimento pessoal e coletivo, mas sem comprometer negativamente os determinantes da saúde do meio ambiente. Nesse sentido, este trabalho apresenta uma pesquisa que discorre seqüencialmente sobre o estado da arte em educação e meio ambiente, análise das relações entre a sociedade e a naturaza, implicações dessas relações sobre a saúde do meio ambiente, crítica da educação frente aos modelos prevalecentes, desafíos da educação com relação à oferta da educação ambiental e o modelo de oferta da educação ambiental na região pesquisada – Vale do Aço, em Minas Gerais. Em virtude da relação intrínseca entre o modelo de desenvolvimento prevalecente e os problemas ambientais decurrentes, na pesquisa também são discutidas as correlações entre os problemas ambientais e algumas atividades antrópicas, especialmente aquelas intensivas na exploração de recursos naturais e, conseqüentemente, as que impactam o meio ambiente de forma negativa. Um estudo de caso é realizado, uma pesquisa de campo aplicada com os agentes gestores e educadores do segmento da educação fundamental, para demonstrar a efetividade de uma nova proposta de ensino da educação ambiental que contemple novos valores, não explicitados nos atuais modelos de sua oferta. A nova proposta apresenta – se inovadora em virtude de estimular a valorização de dimensões de conhecimento não determinísticas o totalitárias, mas que representam estados do saber, que uma vez modelados como componentes de um processo de ensino aprendizagem mais abrangente, podem ajudar a motivar as transformações individuais das pessoas, tornando- as agentes mais responsáveis e participativos, diante dos problemas do meio ambiente e da necesssidade da sua preservação, sentindo- se protagonistas ativos.